Folha em branco, um lápis, nenhuna ideia.
Um mundo de pensamentos conflitantes querendo sair. Mas aonde iriam?
Sentimentos, pensamentos, mais dúvidas do que certezas.
Ninguém para ouvir. Ninguém para ler.
A garganta aperta. Os olhos marejam.
Entregar-se. Como? Para quem? Para o que?
Lágrimas, dor, angústia.
O papel não lê, não ouve, não compreende. Apenas registra.
Sem julgamentos, sem interpretações.
O coração acelera.
O mundo esvazia.
O peso ainda existe.
Inspira, expira.
Os olhos se fecham. Abrem-se novamente.
E dentro de uma confissão na qual nada se revelou, ainda assim, algo se libertou...